A lágrima da primavera

Surgiu no céu, o explendor das nuvens
Potentes fontes de água em abundância
Que, ora cairá, sem a menor relutância
E calhará ao guarda-chuva. A ferrugem!

E a lágrima da natureza desliza em sua face
E como lâmina nos acerta o leito
Estronda o trovão do raio em nosso peito
Deixa então, que a nossa natureza se entrelace.

Um dia, a gota da primavera
Destruira o solo do mais pobre mendigo
Ele tomou conta de estar somente consigo
Porque não pôde tomar afeição por uma fera.

E a fera causou ao seu lar, algumas feridas...
Porque a natureza neste dia, chorou.
A gota da primavera, então derramou
E as feridas viraram flores floridas.

Homem, coloca o alvo sob sua mira
Pensas que o mundo não tem riqueza
Faz-se objetivo, destruir a natureza...
Com os planos, que habita numa mente traíra.

Que mal, há de fazer-nos o próprio mundo
Local de onde somos mais amado com lindos tapetes
Sob os pés sujos de corrupção?

Esta nossa raça humana é como poço sem fundo
Cria-se asfalto para o nosso mundo de enfeite
Desmatando mais do que se pode dar em proteção.

A ganância, cega o verde da rica flora
Que cresceu sob os nossos fétidos pés
Óh! Mundo belo que nos reverencia como deuses.

E como deuses impiedosos que o mundo explora
Chicoteamos a mãe inocente sem revés
Para lamber o sangue que jorra infinitas vezes.

Quanto mais a natureza nos aclame e nos acaricia, mesmo triste com suas belas lágrimas, mais nós a "chicoteamos", ambos, num ciclo infinito de uma grande e injusta troca por nossa conta.

Guarulhos-SP