"Palavras que ferem"

"Palavras que ferem"

Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas. 

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos. 
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração. 

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente. 
Só esperam por uma brecha, um momento. 

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida. 

10 janeiro 2008
22:22hrs

Glória Salles

Agradeço sua gentil visita, sua disponibilidade em me ler.
É muito bom sim saber que não somos apenas parceiros de letras, mas amigos.
Acho que temos que fazer 'a diferença' na vida de quem cruza nosso caminho porque nada acontece por acaso.
E essa troca de carinho, de energia, de gostar, é positiva e nos faz bem.
Não saia sem comentar, isso nos ajuda a crescer.

Bjo gigante!!!!!