No Escuro/releitura

 
Ouvi no escuro o seu canto.
Bonito... de amor... acalanto
Mas meu pranto ecoou, infeliz,
Atraindo o soluço, sofrido, de menino, petiz.

Levantei devagar do meu canto,
Enxuguei do meu rosto este pranto
Sumi dalí bem depressa.
 
Me diz ?
 
Sua voz na distância.
 
O que fiz ?

O canto calou, desta vez, devagar
O pranto brilhou, outra vez, no luar
Voltei sem você pro meu canto
Enxuguei o meu rosto do pranto

e dormi !

Sávio Henrique Pagliusi Lima
© Todos os direitos reservados