Na face do teu êxtase delirante, o meu olhar
Liberdade do sorriso, dos corpos ardentes
Sentimentos mútuos, desnudam os desejos
Encurtam a distância, no desvendar dos sonhos
Pelos segundos reais dos nossos quentes instantes
Minhas lágrimas eqüidistantes, despencam do teu céu
Sou eu a chuva engolfando-te em meditação profunda
Encharcando o teu pensar pela janela perdida e aberta
Invado-a pelas correntes dos ventos que te uivam
Em tempestades noturnas que a ti me faço sentir
Quando o tempo é vencido, aluindo as barreiras
Da solidez bruta e escura que me vestia de ilusão
Lapido o meu amor em resgate ao teu coração

 

 

Murilo Celani Servo
© Todos os direitos reservados