OITIZEIRO PROIBIDO

 

 
Era fim da tarde
Elas seguiam pro norte da cidade
Lindas e sorridentes.
Suas saias coloridas
Pareciam comemorar 
As suas danças de arte
Natural do amor.
Eles seguiam pros bares
Cansados e alegres
Ébrios cantantes
Dançantes e falantes
Dos beijos
Dos seios
Do jeito
Dos enfeites delas
Da cachaça com seriguela
Do riacho
Do capacho das lindas encostas
Verdes, íngremes de desejo
Na floresta virgem
Linda , úmida e cheirosa
De rosas anônimas
Despidas à sombra
Do oitizeiro proibido.

Paulo Rogério Aires Martins
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