A noite fria avança
a temperatura cai...
eu pensando nas crianças
que não estão com seus pais
que estão dormindo nas ruas
nos viadutos, e nos cais.
Agora perdi o sono...
no meio da madrugada,
essas crianças sem dono
dormindo pelas calçadas
oh! Deus! Aquece seus corpos!
Nesta noite tão gelada.
Não quero culpar ninguém...
desse ato desumano,
afinal, a culpa é de quem?
Eu fico me perguntando...
se não sou eu o culpado
então porque estou chorando?
Talvez o choro me escape
desse meu peito humano,
de vê-los catando latas
durante o correr do ano...
por que não posso ajudá-los
vejo rolar o meu pranto.
São Paulo, Setembro de 2006.
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