Tudo que vejo me cega

Tudo que vejo me cega

 
Tudo o que vejo me cega
A luz do sol, aquela roupa brega,
A vida me da, mas você nega,
O teu olhar de boneca.
Todo o passo que dou
O buraco me pega,
O farol do cruzamento, me revela
Um corpo caído no chão, sangue que mela.
Tudo que vejo me cega,
Um táxi para o futuro, de cor amarela.
A fonte que borbulha não mata a sede dela
Sede, saudade, prisioneiros da mesma sela.
Tudo que vejo me cega.
Cego, cegueira, olho e remela.
Nem a luz, nem a escuridão revelam,
O homem que não tem visão, Cega.

 
 
 
 

O homem as vezes vive enclausurado dentro de si mesmo e não consegue enxergar aquilo que é óbvio.
Jose Aparecido Botacini
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