O que eles sabem sobre amor?

Em tempos de guerra,
Dizem eles sobre o novo mundo.
Matam, brigam por tal. Sangue vira terra.
Política dos sábios, política dos capitalistas e também dos vagabundos.

O preconceito é doce
Ao paladar da diferença.
E o amor, segundo plano fosse,
Se ambição não fosse sua crença.

Dizem eles: Queremos paz!
Enquanto se está armado mesmo em sono.
Garotos que amam com tanta certeza
Que já, aos sete atiram, pois vêem o amor com tanta clareza.

Se eu perguntasse a um soldado. O que é amor?
Ele responderia: O inimigo eliminar, seu povo dominar, e a pátria honrar.
Se eu perguntase a um cientista. O que é amor?
E ele me responderia: É a cobaia sacrificar, e a adrenalina acelerar.
É aquele química que temos desde a nascença.
É provar o desconhecido sem reconhecer nossas conquistas.
Em nome da ciência.
Se eu perguntasse a um poeta. O que é amor?
Ele me responderia. É o escrever do que não sei falar,
É dar fuga a minha alma,
É o povo, que ao palco me considerar,
E eu me sentir feliz com uma salva de palmas.

Não seja por isso.
Ainda tem os pé-rapados,
Que da vida não quer saber,
Que na mina só quer meter,
E no desenrolar, sem mais compromisso.

Não seja por isso.
O vereador beija a criança,
Dizendo o amor pregar.
Mas, quando intimado, por algum indício,
Ele faz o povo confundir amor com showmício.

Mas ainda sim,
Há os desnorteados pelo medo,
Que aprendem a lição da vida tão cedo.
Ninguém pensa em você, nele ou em mim.
Então todo o amor se confunde em Carpem Diem.

O dom da vida ignorar,
E a arte do ódio padecer.
Comer o pão que o diabo amassar
A cada amanhecer.
A arte da vida desvalorizar,
E a morte agradecer,
Por tirar a vida daquele
Quem tomou teu poder.