Naquela avenida
no alto da janela
Penso nela
Na noite que caí em teus braços
Que me afoguei em teus abraços e me perdi...
 Me perdi nos teus beijos.
 
Naquela avenida
que de cima vejo a rua se perder de vista
Às saudades de um tempo que já se foi
Comigo, contigo, com o vento
Já lá se foram os sonhos, os desejos
A cor dos olhos, o doce dos lábios,
O toque suave da brisa no rosto.
 
Ah! Já se foram os momentos que desabrochavam sorrisos
Que cantava poesia, reinava fantasia     
Naquela avenida conto histórias de embalar, de amor, de heróis,
Da feiticeira ou do curandeiro, de tempos de paz, de tempos de dor.
 
Naquela avenida Desabafo e choro corro atrás do passado enterrado
Num presente empatado vejo meu futuro, estrelas caminham comigo,
Guiam meus passos, a lua me sorri e o sol brilha
Depois da madrugada escura de chuva e tormento.

 

Egna Costa Alegre
© Todos os direitos reservados