Veio  no  vento,  rosa  despetalada  já  sem  seiva

Trazendo  algum  termo  de  nós  que era  enlevo

Instantâneos   de   quando   amor   havia  e  seca

Na  oscilação  de  hipóteses   aviltando   partidas

 

Agora   o  que  se  sustenta  é  só  o  que  se  adia

Que  espreita   além   e   se  esquece   do   aquém

São  gritos   prisioneiros   a   ancorar   desabafos 

Emergindo de dois  loucos a pulsar discriminados  

 

Avulta  sobrevividos apelos, atalhos  em  suspeita 

De  tortuosos   caminhos  em  transito   impedido

Consonãncia  convergente  de insana  conclusão

Omite  todas  essas  limitações  que  assombram

Logo solto,  levanta e se dissipa  poeira de menos 

Ficando queixas certas  que extrai o testemunho

De  quando  ainda havia  razão; que  se  decidia 

Entre fogueira e cinza,  do fogo que se extingue

 

 

 

 

 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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