Nasci de alma nua,
Ao pé da serrra a luz dos pirilampos,
E da lua...
Chorei não sei se de tristeza ou de alegria,
Em casebre de pau-a piques,
Entremeado as Serras o eco de longe se ouvia,
A segunda, de pele não tão alva,
sobrevivente,
Já sonhava com o brilho da estrela Dalva,
Alma nua e despudorada,
Fala à minha frente,
Sem receio de ser maldada,
Há quem despreze o olhar de minha alma nua,
Prefere almas encobertas,
A verdades nuas e cruas.
Se reles ou nobre...
Sou o que sou,
Alma nua que jamais se cobre.
"O poeta escreve o que a alma dita!"