DEFEITOS

Vi além do que meus olhos enxergam
E ouvi a voz de um grito em tua alma
Um tipo cujo já não mais ouvira
Por manter no escuro o que te acalma

Quando a beleza inflama o amor?
Ocorre então de na realidade não sê-lo
Traz-me a necessidade de jamais ir vê-lo
Por apenas tu tão belo ser...

E então?
Aí sim seria perfeito,
Pois seria óbvio amá-lo sem defeitos
Melhor então que tu assim não fosses
Para sentir-me melhor em procurar-te e tê-lo.

O óbvio já não me atrai
Parece a eu não pertencer
Com poucos detalhes o óbvio nos trai
E confundi-nos de sentir o verdadeiro ser.

Viver em meu mundo tão diferente,
Já não me permite permitir ser igual,
Meu mundo, em minha tão profunda mente,
Desconhece arranhões de um sentir banal.

Tua beleza é o complemento de um contexto,
Este contexto que tão poucos vêem.
Os que vêem não a compreendem,
E os que compreendem tentam abster-se.

Esta beldade ofusca o perfume
Que externas faces e gestos não têm.
É como um salto de um alto cume
Para encontrar além do que meus olhos vêem.

É como me olhar em um espelho...
Ver-me de face e não reconhecer.
Enxergar-me somente através dos olhos...
Que para encará-los tento me conter.

Quando a beleza inflama o amor?
Ocorre então de na realidade não sê-lo
Traz-me a necessidade de jamais ir vê-lo
Por apenas tu tão belo ser...

Eu vi além do que meus olhos enxergam
E ouvi a voz de um grito em tua alma
Um tipo cujo já não mais ouvira
Por manter no escuro o que te acalma

E então?
Aí sim seria perfeito,
Pois seria óbvio amá-lo sem defeitos
Melhor então que tu assim não fosses
Para sentir-me melhor em procurar-te e tê-lo.

E tudo aquilo...
A opção de escolha...
A reação que me faltou?
O entusiasmo e anestesia em seqüências de alguns copos...
O vinho... Meu terno e nobre companheiro.
Olhares...
O nome dado a tudo...
Defeitos!

Assim esta nasceu... regada a vinho tinho!

JWhite

Manaus/AM

JWhite
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