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Não se joga uma vida fora
Pra depois tentar reciclar
Os segundos vazios, imundos
Que se perdem sem perdurar
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Não se joga uma vida fora
Pois depois não existem mais
Os segundos presos no tempo
Tempo que correu linear
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Se uma ponte a lua faz
Entre o tempo e o divagar
Devagar, pontilhadamente,
Pararei para o céu contar
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Pararei pra contar ao céu
Que eu joguei minha vida fora
Que eu perdi meus segundos, feiras
Ordenadas em carrossel
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Pararei pra sentar-me à ponte
E apontando os erros meus
Sem que eu possa voltar no tempo
Voltarei a falar com Deus
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Deus, aqui estou eu de novo
Divagando nesse Seu céu
Foi a mim que desapontei
Foi a ti que desponderei
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Não se joga conversa fora
Quando agora o segundo é Seu
E eu, segundo à Sua ponte,
Quero muito voltar ao céu
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O Seu filho foi ponte em tempo
De tirar-me da dimensão
Desse tempo que eu joguei fora
Mas que agora já não é vão
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Sei que muito me destruí
Eu não minto, e não desisti
Eu não quero mais permitir
Que eu te perca e morra assim
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Tudo ainda é escuridão
Mas a lua me aponta a Ponte,
Ilumina o cruzeiro sul:
Céu ainda será azul...
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E eu... Eu não sou digna do amanhecer!
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"E afastaste da paz a minha alma; esqueci-me do bem. Então disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no SENHOR. Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel. Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim. Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade." - Lamentações 3: 17 a 23
Nada se recicla, tudo se faz novo. Novos céus e nova terra...
"Vê, faço nova todas as coisas."
Como não enxergar? >> http://www.youtube.com/wa...
,,,(Qual é a Graça? Boas novas para velhos maus...)
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