Há uma Guitarra, que escorre no meu sangue ardente
E nos meus Lábios, um Fado sentido
Contido na minha Alma o Poema pungente
Deste Corpo alado e vivido.
 
Em cada viela da minha Cidade
Olho-me e estou só, mas no meu cantar
Há um fogo de Lealdade
Que deixo arder até no ar se elevar.
 
Um Retracto de um Povo de Terra e Mar
Que Canta da Aurora até ao Anoitecer
Uma magia no Peito a magoar
Do nosso Destino que não se quer desfazer.
 
Um Viver que só sabe entender
Aquele que deixa a Guitarra o invadir.
Este Povo de Alegria e Pecado que não se deixa deter
Nas águas e nas mágoas do Fado. Razão do meu existir.
 
Sem Data…
 
 
 

Fábio M. B. Ferreira
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