Làgrimas de um perdedor

 
Nessas ânsias de dúvidas em que ando...
Sinto as lágrimas de um perdedor escorrer pelas faces
E o coração no rosto clamando...
Ah! Como eu queria que ela voltasse!
 
Mas ninguém ver esse meu inútil choro de solidão.
Que me faz navegar num mar de quimera
Quase sem força, remando envão.
Em meio há águas turbulentas e poderosas feras.
 
Assim, enquanto duram essas horas pungentes...
Vou-me esvaindo a cada momento,
Afogando em águas salgadas, a dor que a alma deveras sente.
Vivendo com o mais duro dos sentimentos.
 
Guiando-me por águas infinitas,
Como alguém que por mares desconhecidos viajou
Recontando saudades explicitas...
De um amor que já se acabou.

Alessandro Borges
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