Um terreno onde mora a incerteza,
O temor e, também, a inconstância.
Mesmo que venha ferir sua beleza,
Brota dele essa dúbia importância!
 
Ninguém sabe do que ele é capaz,
Se lhe damos só sentimento nobre
Como imparcialidade, amor e paz
Execrando para ele o senso pobre!
 
Talvez possa melhor compreender
As artimanhas que o coração tem
Se sondar suas veredas e entender
 
Que, inóspito, ele ainda se mantém,
Inda vindo todo mundo lhe querer,
Continua sendo terra de ninguém!
 
Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 21 de março de 2007