Frio sem fim, ai de mim!

Frio sem fim, ai de mim!

A lua que ilumina traz a brisa
Toda nua, me fulmina com teu brilho
Chega a noite, me entristeço como jamais
Como trem desgovernado, saio do trilho
Ela é muito fria, mais que o dia, muito mais
Te procuro na janela do meu olhar
Estou debaixo da sombra da árvore
Mas vivo e esperançoso com a luz do luar
Essa luz que te deixa com a pele cor de mármore
Mas seu coração eu sei que é mais quente do que brasa
Te procuro eternamente para ser meu agasalho
Nesta noite em que eu tropeço e me embaralho
Sou Rei sem Rainha, querendo ser coberto por tua asa
Oh amor sem rosto, revele-se agora em minha vida
Quero sentir o gosto daquilo que não conheço
Venha ser a minha cura, vem fechar minha ferida
Pois sonhar é permitido, e realizar, não tem preço!