PROLONGANDO A MORTE

 
Não me canso de procurar a sorte
Na estrada da vida, pois, não vejo
Outra forma de prolongar a morte
E amenizar a dor em um lampejo!
 
O que eu vejo pela frente é o final
Da jornada a cada dia se chegando,
É um processo irreversível, afinal,
Tudo que existe vai se definhando!
 
O meu lado pessimista não é tanto
Como hão de imaginar, e faço crer
Que há u’a razão para meu pranto!
 
A ciência explica fácil de entender:
A falência orgânica, e seu encanto,
Tem início logo após se conceber.
 
Autor: José Rosendo