A ESPERANÇA (Augusto dos Anjos)

 A ESPERANÇA

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito, 
Sirva-te a Crença de fanal bendito, 
Salve-te a glória no futuro - avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento, 
Também espero o fim do meu tormento, 
Na voz da Morte a me bradar; descansa!

Chaka Nya Binghi
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