A flor do amor floresce onde bem quer:
Os ventos que semeiam poesia
Não têm padrão; não têm burocracia;
Variam mais que o humor de uma mulher.
A flor do amor murcha quando calhar:
Sem previsão; sem rota e itinerário;
Surpreendente tal qual meu salário
Que se evapora antes do mês findar.
A flor do amor, mutante e imprevisível,
Oscila aos poucos, feito os decimais
Do preço do litro de combustível.
A flor do amor sempre renasce, então,
Tão certo como os roncos pontuais
Do estômago implorando a refeição.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença