Caminha, menino poeta,
Ciente do bem da intenção;
Prossegue, focado na meta,
Mirando o real galardão.

Tem fé, que a justiça terrena
É falha, mas não é final;
Tuas causas, da grande à pequena,
Confia ao sobrenatural.

Caminha, menino, que a veia
Que pulsa a impelir toda arte
Em ti não se engana: és poeta!

E o bem que tua pena semeia
Bem há de brotar, cedo ou tarde,
Tornando a poesia completa.