Aguardo o tempo em que serei alegre,
Por meu futuro parecer clemente:
(Rumores justos de um chorar ausente!)
Em frente a mim o meu sorriso segue,
Mas não me toca... está na minha frente.

Tão pouco dista de minh'alma aflita,
Que ergo as mãos para poder roubá-lo
Do tempo à frente e poder amá-lo.
Mesmo que em meu olhar sempre reflita,
Não quero vê-lo... mas quero tocá-lo!

Me guardo em tempo porque "fui alegre".
E o meu sorriso? Não pude alcançá-lo...
Cheguei mais perto do que chega o artista,

Que sonha em ver o seu auto-retrato,
E junta cores nunca dantes vistas,
Mas seu pincel é sonho do abstrato!