Nada parece tão monótono

Os campos estão vazios, esbranquiçados

Os sons tomam o lugar dos passos

Lentamente se fecham

Descem a rua na direção do nada

Desaparecem

Sobram os risos, as flôres,a terra molhada

A bondade encerrada no peito

Imagem única de um amor de infância

Segredo criança que a vida desvenda

E mata a pureza

Largando os pedaços à propria sorte

à minha volta, apenas o velho muro ainda respira

Suporta o vento, o fogo, a chuva

os braços e os abraços

Dádiva que o vontade domina

Quando supera a dor

Longe de querer entender

O por que daquela lágrima.

 

 

Roberto D'ara
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