Quando não há o depois

 
Difícil esquecer
Rara é a paz quando minha maior esperança é em teus braços voltar a viver
Respirar este amor maior que só experimentei com você
 
Te quero e, admito, espero
Longe estas, mas meu coração a distância ignora
As lágrimas escondo, mas por vezes a tristeza já insípida aflora
 
Tanto tempo faz, tantas escolhas se fizeram possíveis
Acabei por renegar uma a uma a espera do que tivemos
Afinal jamais verdade igual foi crível
 
E hoje entretenho-me com reais e possíveis alegrias
Neste instante a plenitude é utópica
Só veio com você, no entanto acompanhada de medo e ciúme vil
 
A inexatidão do eterno
A certeza de um passado
A minha então inocência
Um punhado de coincidências tornaram-nos novamente dois
 
Acreditei haver um depois
Este nunca chegou
Equivocado seguiste e encontraste outro alguém
Maléfico tomas um destino que me expurga para todo além
 
 
Lhe amei e ainda amo
Meu primeiro e único real sentimento
Meu derradeiro grande amor
Forças faltam para novamente tentar
Mas sinto minha vida escapar ao ficar apenas a sonhar