Não te chamo mais de amor, bem querer, flôr meu mar

Me leva seguro até o porto e acalma as ondas da minha dor

Onde a sorte de quem chega carrega a saudade de quem vai

Amanheceu, e a manhã trouxe-me a paz

A paz que esvaziou minhas angustias

E entregou ao vento as minhas ilusões

Entre as sombras da minha alma me abriguei no seu colo

Beijei o chão de vergonha e acordei vagando

Desenhei uma luz que pensava ser voce

Quantas vezes morri sem almenos te beijar

Quantas mortes vivi ao desalento do  meu amor

No despertar de um desejo quebrei teu cântaro de menina

Mal sabia que o amor residia em suas tolices

Iluminou meu rosto me expondo aos céus

Não fosse aquela luz que num segundo silenciou meus olhos.

 

Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados