Drogado

 

Era cedo,

Sensação de medo,

A porta fechada,

Toda trancada,

Toca a sirene

Eu fico com medo e minha alma geme.

Meus olhos vermelhos,

A mente lenta,

Passos trotada e indiferente

Sensação de vida ausente.

Abri a porta,

Ainda muito ligado, chegou o coligado.

Fazendo gesto e sena de viciado.

Indagou-me!

Cadê você? Por que demorou?

Onde é que tá o bagulho?

Não fica em cima do muro!

Vamos lá, é hora de vazar.

A turma que comprar.

Lá vou eu para aquele lugar,

O medo pertinente

Meu coração estridente seguia em frente

Nenhum controle sobre mim mesmo

A não ser o medo.

Por um segundo me vi só no mundo

Confesso que quero sair deste poço profundo.
 
 
 
 
 
 

José Renato da Silva Júnior (Ubaíra
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